Monday, July 30, 2007

Nessa obra de Kimt
intitulada de "idades da mulher" podemos perceber uma jovem com um bebê ao colo e um esboço de um corpo velho ao lado... Até aí tudo normal, pois é tudo claro e visível, porém passamos por cada uma dessas fases isoladas. Não podemos enxergar no reflexo do espelho nosso rosto atual e um outro com acréscimo de rugas, acréscimo de solidão ou sofrimento, nem mesmo os sorrisos dados...Meu filho que ainda não nasceu e a incerteza de seu nascimento. Com quem se parecerá? Terá meus olhos lânguidos?
Para mim o quadro não é triste ele é óbvio, mas de uma obviedade que costumamos ignorar; vou ser repetitiva eu sei...O assunto reincide em meus escritos...O tempo, sua passagem rápida e fugaz.
Eu já fui criança e agora sou uma mulher e espero que os anos (se assim for um direito meu, de envelhecer) tragam rugas tranquilas, um olhar plácido e uma mão para segurar. Que seja a tua meu leitor, que seja outra...
Que seja a mão do criador, invisível e amável que almejo... Eu tenho um desejo secreto sobre estas mutações e passagem do tempo em minha vida: eu desejo do fundo de meu coração que um dia as pessoas possas amar umas as outras como irmãos, que paremos para cuidar não só de nossos problemas, mas do outro...Ajudar e ajudar à evolução de todos. Parece-me ao ler, isso que escrevi, um desejo pueril e utópico e é. Somente com a inocência de uma criança e a fantasia é possível vislumbrar um mundo melhor para o meu, o seu filho hipotético.
Hoje estou extremamente pueril, desculpem os céticos e racionais, mas eu acredito.
OBS: Razão não no sentido de pensar, pois pensar é preciso. Meu repudio à razão é à razão prática, egoísta, despida de sentimentos.