Tuesday, March 27, 2007


Hoje mais do que nunca sinto a necessidade de gritar, fugir, cantar, girar...

Quero tudo e nada. Quero o vento no meu rosto, o sol a me esquentar, a chuva a

me refrescar, um amor para acalmar, acalentar e depois recordar...

As chagas de meus irmãos me comovem, mas não sou tão hipócrita. Eu lamento, porém

sigo; sigo como todos seguem suas vidas.

Na verdade o que me acalma nesses dias "difíceis" são exatamente cada um desses

acontecimentos isolados: é ver uma flor nascer num pântano, é ver que até aquele que

julgo estar mal, à margem da sociedade, isolado, estes também são felizes da sua forma,

à sua maneira; É ver o idoso sorrindo, segurando a mão de sua amada tão velha quanto ele,

Enfim é saber que meu repentino e pasasgeiro mal estar, minha tristeza pelo outro não deve

ser exaltada...Cada um dá o que tem e tem o que merece, certa vez me disseram e creio que

deva lembrar mais desta frase com mais freqüência e não lamentar por nada, pois tudo tem

o seu lugar, a natureza é perfeita, nós que erramos.

Por isso que nesses dias eu busco uma flor, uma obra de arte, um livro que remeta à beleza,

ao talento, ao dom que cada um tem e que deleita e acalenta como um abraço. E diante desse milagre que é a vida simplesmente parar de reclamar e agardecer; agredecer e ter esperança na evolução de todos...Contando sempre com a ajuda do místério, do inexplicável, da magia que flutua, ainda, no ar poluído.

Namastê!

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